Baguim do Monte Desporto

Baguinense bate recorde no Guiness

Gabriel Vilela, baguinense, é neste momento um dos jovens inscrito no livro do Guiness, juntamente com a sua equipa, com 14 mortais realizados de forma contínua. É, ainda, campeão e vice-campeão da Europa. Estivemos à conversa com o jovem.

Como surge o gosto pela ginástica?

Comecei há 1 ano e meio, antes disso estava num curso especializado de dança em Gaia, mas decidi desde que entrei para o secundário que queria fazer outra coisa. Fui para a ginástica e tive dois meses na acro competição, que é a classe mais baixa. O Lourenço França, o selecionador nacional e treinador, chamou-me para elite, nem sabia muito bem o que era (risos), mas aceitei, como é obvio. Fui ganhando o gosto por este desporto. Foi há um ano e meio que entrei, passado 7 meses fomos ao campeonato do mundo, que não correu como queríamos, era tudo uma novidade. Continuamos a trabalhar e fomos ao campeonato da Europa e trouxemos 3 medalhas, duas de ouro e uma de prata e ficamos nesta última a duas centésimas de conseguir a de ouro. 

Como é a rotina de um jovem que estuda e é atleta de alto rendimento?

Acordo às 6h30 da manhã, tenho aulas das 8h00 às 13h30 e como a minha escola fica ao lado do ginásio facilita ligeiramente as coisas. Das 14h00 às 16h00 é o período onde aproveito para almoçar e estudar um pouco. Após esse período é tempo de trabalhar, muitas vezes até às 21h00. Nem consigo descansar, há dias em que não me é possível fazer as tão necessárias 8 horas de sono. Aos fins de semana é um pouco ingrato quando me convidam para sair no verão para ir à praia eu não posso, maioritariamente, porque tenho treino.  Com a minha família estou basicamente nas horas de refeição. Contudo sinto-me realizado porque foi num curto espaço de tempo que consegui esta vitória. Treino todos os dias cinco horas, só não treino ao domingo, a não ser na altura de competição que treinamos até ao domingo, de manhã e de tarde, cerca de sete horas por dia. É muito trabalho, deu para o que queremos. Treinar imenso vale a pena.  

Como é feita a gestão alimentar?

Tenho de ter cuidados na alimentação e é bom ser acompanhado por um PT e um nutricionista e eu sendo base e homem não tenho tantas restrições. Tenho na mesma que ter cuidado. Evito fritos, gorduras e açucares. 

A relação da equipa como é?

A relação da equipa é muito boa, o Tomás, o Jorge, o João, e eu temos de nos dar bem. Estou mais tempo com eles do que com a minha família, são uma grande parte de mim neste momento. 

É feliz?

Sem dúvida, sou muito feliz, estou a fazer o que quero e que gosto, estou, ainda mais feliz, por estar a abdicar de tudo e estar a conseguir resultados. Sou diferente, porque tenho medalhas, estou no livro do Guiness e os meus colegas não. 

Fale-nos sobre essa experiência no Guiness.

O nosso treinador foi contactado pelas redes sociais, no início ficamos na dúvida se era verdade ou não (risos), mas depois percebemos que sim. Foi uma experiência incrível, vai ficar para toda a vida, estamos no livro do Guiness e os únicos portugueses que existem somos nós os quatro e mais o CR7. Demos 14 mortais, num exercício que é balancé numa pirâmide humana. É uma sensação incrível. 

Quais são os objetivos futuros? 
Infelizmente a ginástica acrobática não é um desporto olímpico, mas tem o World Games que é uma competição para os desportos que não estão nos Jogos Olímpicos, é este ano será na China. Contudo o passo seguinte é sermos séniores e o próximo objetivo é apurar para o campeonato do mundo e trazer outras medalhas. Temos consciência que em séniores vamos ter mais competição e vai ser mais difícil, porque quem está em séniores já tem mais de 20 anos e já está desde muito novo a treinar para a competição, nós devemos até ser os mais novos. Estamos prontos para agarrar este desafio e dar o nosso melhor. 

Têm algum apoio financeiro?

Enquanto não se é sénior, pagamos tudo, após isso a federação paga. De júnior não tivemos nenhum apoio da Federação. No meu caso a Junta de Freguesia de Baguim do Monte, no nome do Presidente Francisco Laranjeira deu-me um apoio, pagou-me os equipamentos, cerca de 400 euros.  As despesas rondam os 2000 euros por competição. O Município da Maia, sendo que o clube é de lá, normalmente, também nos dá algum apoio económico. 

Qual foi a receção quando chegaste a Portugal? 

A competição foi no Luxemburgo e fui com a minha mãe. Ela só chorava (risos). Quando cheguei a Portugal foi uma alegria. 

A quem quer agradecer? 

A muita, muita gente, mas, sobretudo, aos meus pais. 

 

 

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