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Claúdia Nogueira garante estar sempre disponível para os rio tintenses

Rio Tinto tem um novo rosto a liderar a sua Junta de Freguesia, Claúdia Nogueira, eleita, pelo Partido Socialista, sem maioria absoluta, no passado dia 12 de outubro. Desta forma, o Partido Socialista, na Assembleia de Freguesia, tem nove deputados, a coligação PSD/IL tem seis, quatro são do Chega, um da CDU e um do Livre. Estivemos à conversa com a nova presidente da Junta para perceber os seus objetivos para a freguesia.

Um mês depois, que análise faz ao resultado?
Era o expetável. Estávamos à espera que houvesse uma diminuição do número de eleitos por parte do PS, partimos de uma fase em que o partido caiu nas últimas eleições legislativas e até vendo bem os resultados, foi um bom resultado. As pessoas conseguiram distinguir o que é o governo central com o governo autárquico. 

O PS veio de uma maioria absoluta, não admitia que isso pudesse vir a acontecer novamente?
Já não é a primeira vez que a Junta de Rio Tinto governa sem maioria. É importante estarmos abertos a outras participações. Gostava de ter tido uma maioria absoluta (risos), mas temos de perceber que a conjuntura política partidária a nível nacional.  Há uma ascensão do Chega e veio a confirmar-se. Nas últimas eleições o Partido Chega tinha apenas um membro na Assembleia, neste momento são quatro, já se sabia de antemão que iria ocupar mais lugares. É normal que haja esta exaustão por parte das pessoas, mas acho que se deve, essencialmente, a esta mudança do país em termos políticos. 

Tomou posse, no dia 4 de Novembro, há precisamente nove dias, qual será a sua prioridade? 
Acima de tudo temos de perceber que a máquina funciona sempre à imagem de quem a lidera. O meu primeiro grande passo está a ser reorganizar esta “máquina” da forma que acho que é o meu modelo, o que não significa se é melhor ou não do que o que tem sido feito. Porque os modelos diferem de pessoa para pessoa. 

Gosto das coisas organizadas e de ter tudo bem claro nas funções e tarefas de cada um. É muito fácil entrarmos num sistema em que a responsabilidade é colocada no outro. Gosto que tudo seja bastante claro. Estou a organizar a equipa que vai trabalhar comigo diretamente, e, a seguir, irei organizar a equipa dos trabalhadores. O propósito é dar autonomia, mas percebam que com essa autonomia vem a responsabilidade. A minha primeira medida é a organização, só a partir daí é que podemos tomar outras medidas, até porque com esta organização a resposta vai ser melhorada e garantidamente vai ser visível. 
A nível de iniciativas propriamente ditas: no Natal temos o Reino de Natal e o circo, vamos continuar com estas iniciativas, porque isto não eram iniciativas do anterior presidente Nuno Fonseca, mas do Executivo importantes para a comunidade. 

Em termos de compromisso, o que pretende prometer aos rio tintenses?
As competências das juntas de freguesia são muito parcas em termos de competências próprias, vamos acima de tudo criar uma freguesia mais próxima e mais ágil. Pretendemos criar uma app chamada “Rio Tinto mais próximo”, mas não conseguindo fazê-la no imediato, iremos criar um contacto no WhatsApp para conseguirmos facilmente agilizar este contacto o mais rápido possível. Por exemplo se alguém tiver um buraco numa determinada rua, tirar uma fotografia e identificá-lo. É uma forma fácil de haver uma resposta rápida, porque, normalmente, as pessoas queixam-se de um buraco que está lá há meses, mas ninguém contacta a junta. 

Na área social queremos combater o isolamento social, estar mais presentes e mais descentralizados. Há muita gente sozinha. Queremos fazer por um regime de vizinhança e colocar, também, a nossa assistente social na rua.  Vai ser um processo complexo, pretendemos que as pessoas sejam idóneas, às vezes não é preciso competência é só ter força de vontade para fazer companhia. Ainda nesta vertente pretendemos realizar colónias balneares para as crianças. Uma feira das coletividades em Rio Tinto, com o propósito de não só de terem a oportunidade de fazer um pé-de-meia, mas também fazer uma demonstração das suas atividades, para fazerem captação. Temos muitas associações, umas têm muita facilidade outras nem tanto. 

Na vertente ambiental o princípio é influenciar o Município de modo a reorganizarmos toda a política de resíduos. É impensável que se esteja a construir habitação, e não haja um contentor para colocar os resíduos, vamos ter um problema com o estacionamento, mas a questão do lixo temos de resolver.  As pessoas não separam devidamente os resíduos, não cumprem a colocação dos resíduos nos devidos locais, há uma falta de civismo gigantesca. Dizemo-nos muito civilizados, mas estamos cada vez piores. 

Temos aqui alguns arruamentos que gostaríamos de resolver, quer a nível de pavimentação, quer a nível de passeios, o polidesportivo tem de estar executado a meio do mandato, o fórum cultural, tenho consciência que não vai ficar pronto neste mandato, mas alguma coisa tem de estar feita. O museu, espero que seja em breve, aproveitarmos o espaço da antiga estação de caminhos de ferro, que neste momento está alugado à junta, precisamos de dinamizar, mas com apoio da Câmara, criando uma dinâmica naquela zona. 

Apesar de ainda faltar um ano, o que pretende concretizar na Feira Medieval?A Feira Medieval tem crescido significativamente, mas temos de melhorar em termos de pormenor, em termos de registo histórico. Gostávamos de melhorar o espaço da Feira Medieval. O aumento do espaço é difícil, mas é uma das coisas que ponderamos fazer, não será muito significativo porque não queremos que a feira perca a identidade. Queremos que as pessoas venham e levem alguma coisa. É um espaço de história e cultura. 

O anterior presidente da Junta, que agora é o vice-presidente da Câmara, dizia: “Não podemos tratar igual aquilo que é diferente”, acha que isso poderá ser benéfico para Rio Tinto?
Espero que seja, temos de facto de tratar diferente o que é diferente, tem de haver alguma proporcionalidade. Rio Tinto é muito grande e tem muita gente, o que se reflete na eleição da Câmara é um peso muito forte da população de Rio Tinto, o que acho é que é preciso validar a confiança das pessoas. Sempre disseram que “é tudo para Rio Tinto” e se formos a analisar o que nos fizeram foi um Parque Urbano e pouco mais. Temos no Executivo duas pessoas de Rio Tinto, tanto o presidente como o vice-presidente, espero que isso seja uma vantagem também (risos).

Quem vai ser a Claúdia Nogueira, enquanto presidente de Junta? 
Sou uma pessoa que, normalmente, estou sempre disponível para ouvir os outros, terei de fazer uma boa distribuição. Acho que a falar é que conseguimos perceber pontos de interesse e ganharmos alguma coisa com isso. Nunca tive este cargo como um objetivo profissional e até pessoal, gosto de trabalhar e gosto de desafios. Temos sempre algo para dar aos outros. 

 

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