Por Ricardo Vieira Caldas, Pedro Santos Ferreira e Joana Isabel Nunes

[caption id="attachment_586" align="alignleft" width="1100"]Entrevista a Valentim Loureiro / Foto de Joana Isabel Nunes Entrevista a Valentim Loureiro / Foto de Joana Isabel Nunes[/caption]

Valentim Loureiro vai deixar o executivo da Câmara de Gondomar já em setembro. Sem papas na língua, falou sobre os mais variados assuntos que marcaram o seu mandato e a sua pessoa. À conversa com o Vivacidade, o major deixa o cheiro a despedida e faz uma retrospetiva dos seus 20 anos à frente da autarquia.

Vai ter pena de deixar de ser o presidente da Câmara? Vou. Sabe que são 20 anos. É uma vida. E trabalhei muito para Gondomar e para os gondomarenses e recebi de Gondomar e dos gondomarenses carinho, amizade, apoio e estou ligado aos gondomarenses e tenho a certeza de que eles, na sua maioria, também estão ligados a mim.

20 anos passaram depressa ou devagar? Correram ao ritmo normal. Cinco eleições, cinco vitórias. Umas mais expressivas, outras menos.

A partir de setembro vai dedicar mais algum tempo à sua família? Seguramente, a partir de 29 de setembro, vou ter mais tempo porque deixo a função executiva.

Os casos da Quinta do Ambrósio e do “Apito Dourado” fizeram-no perder alguma força política? Nenhuma, absolutamente nenhuma. Esses casos servem para mostrar que uma pessoa - sendo investigada em tudo que é sítio, com gravações e com escutas - tem que ter uma vida muito limpa para chegar ao fim e na questão da Quinta do Ambrósio foi tudo ao ar e na questão do Apito Dourado ficou reduzido a uma multa.

As críticas ao facto de a sua filha ser vereadora na Câmara incomodam-no? A minha filha foi vereadora por um acaso. Porque nas eleições de há oito anos – em que elegi oito membros – ela ia em nono lugar. Portanto não era para entrar, era para preencher. Por acaso, o candidato a vereador que foi em quarto ou quinto desistiu mal nós fomos eleitos. E, portanto ela subiu por causa disso. E como estava na lista ficaria mal não aceitar. Mas nunca previ que ela fosse entrar. Mas apesar de ser minha filha é vereadora, faz o papel dela. Na Câmara não há familiaridades, ela cumpre o dever dela, eu cumpro o meu.

Valentim Loureiro / Foto de Joana Isabel Nunes Valentim Loureiro / Foto de Joana Isabel Nunes Valentim Loureiro / Foto de Joana Isabel Nunes Valentim Loureiro / Foto de Joana Isabel Nunes

Da parte do executivo, o facto de o vice-presidente ter regressado ao PSD magoou-o de alguma forma? Não, de forma nenhuma. O meu vice-presidente é um “PPD” assanhado. Vive muito o partido e pensou e decidiu que devia voltar ao partido e não continuar a integrar o Movimento. É uma decisão dele da qual eu lamento.

Tendo em conta que sempre que sai de um executivo passa para uma assembleia, o Movimento pode contar consigo este ano? Isso passou-se na distrital do PSD, na Liga, na Metro do Porto [que atualmente preside a mesa da Assembleia Geral]. Tenho que ser perfeitamente claro. Tenho tido muitas pressões nesse sentido [para ser candidato à Assembleia Municipal]. Todos os que estão na lista do Dr. Fernando Paulo – e ele próprio – pressionam-me. Já fiz uma leitura de tudo isso e vou pensar. Não decidi. Mas tenho que decidir já para o fim do mês de julho.

Neste momento, é mais um “sim” ou um “não”? É evidente que a equipa que Fernando Paulo vai liderar é de extrema confiança minha. Portanto, todos eles me estão a pressionar. E dizem que se o Movimento continua e eu sou o líder, devo integrá-lo e eu não estou completamente fora mas preciso de mais uns dias para tomar uma decisão.

O candidato Fernando Paulo está a contar consigo? Ele é dos que mais me pressiona.

Relativamente a outros assuntos... Os casos da Quinta do Ambrósio e do “Apito Dourado” fizeram-no perder alguma força política? Nenhuma, absolutamente nenhuma. Esses casos servem para mostrar que uma pessoa - sendo investigada em tudo que é sítio, com gravações e com escutas - tem que ter uma vida muito limpa para chegar ao fim e na questão da Quinta do Ambrósio foi tudo ao ar e na questão do Apito Dourado ficou reduzido a uma multa.

[caption id="attachment_594" align="alignleft" width="1100"]Entrevista a Valentim Loureiro / Foto de Joana Isabel Nunes Entrevista a Valentim Loureiro / Foto de Joana Isabel Nunes[/caption]

Como gostaria de ser recordado no futuro? Como alguém que se preocupou em trabalhar para ajudar os gondomarenses a resolver os seus problemas e como alguém que os resolveu a muita gente. Tenho a minha própria maneira de ser. Sou muito agarrado às coisas simples e às pessoas com mais carências. Convivo com tanta ou mais facilidade com um pobre do que com um rico e sou um defensor dos humildes. Dá-me prazer aprovar um grande projeto para Gondomar mas dá-me igual satisfação – se não mais - resolver um problema a uma pequena família que está em dificuldades terríveis.

Últimas Notícias

MERCADONA RENOVA APOIO À CAMPANHA DO BANCO SOLIDÁRIO ANIMAL

3/10/2025

Gustavo Oliveira é campeão de Portugal Rotax Micro Max

1/10/2025

Medieval de Rio Tinto

16/09/2025

ENTREVISTA CANDIDATO À UNIÃO DE FREGUESIAS S.COSME (GONDOMAR), VALBOM E JOVIM: ANTÓNIO BRAZ

16/09/2025

ENTREVISTA CANDIDATO À UNIÃO DE FREGUESIAS S.COSME (GONDOMAR), VALBOM E JOVIM: JOSÉ GONÇALVES

16/09/2025

ENTREVISTA CANDIDATO À UNIÃO DE FREGUESIAS S.COSME (GONDOMAR), VALBOM E JOVIM: JOSÉ CONCEIÇÃO

16/09/2025

ENTREVISTA CANDIDATO À UNIÃO DE FREGUESIAS S.COSME (GONDOMAR), VALBOM E JOVIM: CRISTINA COELHO

16/09/2025

ENTREVISTA CANDIDATO À UNIÃO DE FREGUESIAS S.COSME (GONDOMAR), VALBOM E JOVIM: JOSÉ SILVA

16/09/2025