LIVRE
A Junta de Freguesia de Rio Tinto tem sete candidatos à Junta. Eram para ser oito candidatos, mas a lista do CDS-PP foi rejeitada pelo tribunal. Conforme anteriormente estivemos à conversa com os candidatos, que responderam às seguintes questões: 1: Apresentação do candidato; 2: Quais são as necessidades da União de Freguesias a que se candidata; 3: Que soluções apresenta; 4: Com que partidos faria coligação; 5: Mensagem final.
1. Sou a Ana Gomes de Almeida, tenho 32 anos, sou chefe de produto e vivo em Rio Tinto. Não nasci aqui, mas foi aqui que escolhi assentar raízes, criar família e construir o meu futuro. Rio Tinto é hoje também a minha cidade, e esta minha candidatura nasce da vontade de retribuir a esta comunidade que me acolheu. Acredito numa política empática, próxima das pessoas e participativa, com um discurso claro, sem “palavras caras” ou jargões desnecessários.
2/3.Rio Tinto enfrenta problemas sérios em várias áreas e é urgente apresentar respostas:
- Habitação: Gondomar é o concelho com mais de 100 mil habitantes onde o custo da habitação mais subiu no primeiro trimestre de 2025. Rio Tinto não é alheio a este problema: faltam-nos casas com preços justos e condições dignas, bem como soluções de emergência locais para vítimas de violência doméstica e pessoas em situação de sem-abrigo, para que não fiquem desenraizadas nos seus momentos de maior fragilidade. Queremos investir em habitação pública e incentivar o arrendamento acessível com redução de taxas e IMI para imóveis de primeira habitação, reabilitados ou arrendados a preços justos.
- Mobilidade: apesar das boas ligações ao Porto comparativamente com o resto de Gondomar, há muito a melhorar. Os autocarros têm horários insuficientes, vários dos nossos passeios estão degradados e não existem ciclovias suficientes. Propomos reforçar os transportes dentro e fora do concelho, renovar os passeios, acrescentar uma paragem da linha de Leixões em Rio Tinto e trabalhar num projeto intermunicipal com o Porto para reabilitar a circunvalação.
- Espaço público e ambiente: o Parque Urbano é uma excelente mais-valia aqui em Rio Tinto, mas insuficiente. Precisamos de mais corredores verdes, parques de proximidade e espaços de convívio. É igualmente urgente reforçar os ecopontos e higienizar melhor os locais de recolha de lixo em toda a freguesia.
- Famílias e comunidade: há falta de creches públicas e de soluções que apoiem as famílias. Queremos criar uma rede pública de berçários e creches e lançar um projeto-piloto de transporte escolar urbano.
- Economia local e comunidade: Rio Tinto é uma cidade-dormitório, mas não precisa de o ser. Uma das nossas ideias para colmatar este problema é o Programa “Centro Vivo”: eventos mensais para promover o convívio, a mobilidade pedonal e a dinamização do comércio local.
- Cultura: o potencial das nossas coletividades deve ser apoiado com maior proximidade e financiamento. Defendemos, também, a construção de Casas de Criação, que são espaços abertos à população para a criação artística e cultural.
4. O LIVRE acredita no diálogo à esquerda. Tentámos criar pontes para estas eleições, e tivemos conversas interessantes, mas não foi possível chegar a acordo neste momento. Ainda assim, manteremos sempre abertura para trabalhar em conjunto no futuro.
5. Apesar de ser a primeira candidatura do LIVRE a Rio Tinto, estou convicta que a nossa voz faz falta aqui na cidade.Queremos uma política próxima, participativa e transparente; queremos soluções práticas para os problemas da freguesia. A nossa candidatura é um convite à esperança: acreditar que juntos podemos construir um futuro melhor para a nossa terra.