A Coligação PSD/IL venceu na União de Freguesias de Foz do Sousa e Covelo, sendo assim Francisca Gomes é a nova presidente das Freguesias. Desta forma em representatividade na Assembleia de Freguesia a coligação terá cinco deputados, o Partido Socialista, três, o Movimento Independentes Sempre, três e o Chega dois. Estivemos à conversa com o novo rosto da União para perceber os seus objetivos para a localidade.
Achava que ia ganhar?
Passou-me pela cabeça, mas sabia que era difícil. O nosso trabalho foi muito bem realizado, na minha opinião, acho que andamos muito no terreno e percebemos o problema das pessoas. Ouvimo-las essencialmente, sentíamos que era isso que necessitavam. Saímos com o sentimento de missão cumprida, fosse qual fosse o resultado. Era óbvio que tínhamos a ideia de que estaríamos nos primeiros lugares, só não sabíamos qual era a nossa posição. Acreditávamos, mas não tínhamos a certeza.
Como é que classifica esta vitória, uma vitória do PSD e uma derrota do PS, ou a soma dos dois?
Acho que é a soma dos dois. Estamos a falar que em Foz de Sousa, o PSD não ganhava há mais de 20 anos, é sem dúvida, uma vitória da coligação PSD/IL e da equipa. Porque se formos analisar os resultados para a Câmara Municipal ganhou o PS, o que faz que seja uma vitória nossa e do nosso trabalho. Mas uma derrota do PS porque já estava naquela junta há muitos anos. Foi uma vontade do povo.
Somos uma equipa completamente nova na política e acho que isso marcou pela diferença, gente nova, atitude diferente, muita atitude no terreno e foi isso que fez com que a vitória fosse nossa.
Com 24 anos, é presidente de uma União de Freguesias, o que lhe passa na cabeça neste momento?
Passa que tenho uma grande responsabilidade (risos), é um grande desafio profissional, não ambicionava nenhuma carreira política e de repente estou numa. Quero, acima de tudo, sair com o sentimento de dever cumprido. Só me passa pela cabeça cumprir o que quero fazer.
Qual será a sua primeira medida?
Quero propor uma auditoria às contas. Além disso pretendo, também, ver o que há para ver na Junta de Freguesia, conhecer o pessoal e perceber, sobretudo, o que está a falhar.
O que falta efetivamente em Foz do Sousa e Covelo?
Falta uma boa gestão e falta interesse em fazer prosperar a freguesia. Se não tivermos a mente aberta, se não virmos o problema das pessoas, não iremos pensar em avançar, é isso que quero fazer. Tenho uma grande preocupação, que são as escolas, porque há instituições com alguns problemas nas infraestruturas e isso preocupa-me. É uma das minhas prioridades.
Queremos fixar a nossa população. Gostava muito de criar uma zona industrial que daria um avanço na União de Freguesias e poderia fixar a população e atrair ainda mais. É uma zona muito bonita, mas as pessoas acabam por não ficar porque não têm nada perto, como um café, uma padaria, etc.
O facto de a Câmara Municipal ser governada pelo PS e a Junta pela coligação PSD/IL acha que é um entrave?
Não. Estou disponível para conversar. A democracia deve vencer, foi a escolha das pessoas, acho que quando nos propomos para este tipo de cargos estamos a trabalhar em prol da comunidade e não de acordo com as cores partidárias, apesar que sou independente, embora apoiada pela coligação. Este debate de cores partidárias não faz qualquer sentido, estou pronta para darmos seguimento a novos projetos que é isso que importa à minha União de Freguesias e à Câmara Municipal. Não será por mim que será um obstáculo.
Que compromissos quer assumir com as pessoas?
Acima de tudo, o compromisso que quero assumir, e só o assumo porque sei que o posso assumir, é que vou olhar para a freguesia e fazê-la evoluir na medida em que possa, mas quero ouvir as pessoas, estar junto das associações, das entidades. Vou ser uma figura diferente do que o que as pessoas estavam habituadas, vou ser a voz da população, como até agora foi sendo o slogan da minha campanha. Gostava muito de criar uma Casa Cultura em Foz do Sousa com um espaço para um anfiteatro, as associações sempre se mostraram abertas e muito contentes com essa medida.