
O concelho de Gondomar viveu um mês de agosto difícil, com os incêndios registados em Baguim do Monte, Rio Tinto, Foz de Sousa e Covelo. Os bombeiros das várias corporações gondomarenses não tiveram “mãos a medir” e viram-se obrigados a solicitar a ajuda de bombeiros de Lisboa e Leiria.
No dia 28 de agosto, nas instalações da Artame, em Baguim do Monte o combate às chamas numa fábrica de panelas mobilizou sete corporações de bombeiros. O fogo de grandes proporções só foi dado como extinto ao fim de cerca de quatro horas e após ter consumido grande parte das instalações, que armazenavam produtos químicos utilizados no fabrico das panelas. Para dominar a ocorrência foram necessários vários homens, carros pesados e duas autoescadas, uma de Gondomar e outra de Valongo. A causa do incêndio ficou por apurar.
No entanto, foi no dia 1 de setembro, no Covelo e na Foz de Sousa, que se registaram as situações mais preocupantes com suspeita de ação criminosa. Os incêndios de grandes proporções que dizimaram a Foz de Sousa e o Covelo provocaram estragos em vários barcos, carros, casas, deixaram várias pessoas em perigo e uma nuvem negra gigante sobre Gondomar.
O fogo que obrigou à retirada de dezenas de habitantes só ficou dominado pelas 23h. De acordo com a Proteção Civil, durante o dia estiveram no terreno 260 operacionais, apoiados por 75 veículos e sete meios aéreos, incluindo cinco aviões bombardeiros pesados.
O acontecimento deixou mais uma prova da solidariedade existente entre as várias corporações de bombeiros do país que não hesitaram em acudir os bombeiros de Gondomar.
Incêndio em habitação
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Os bombeiros da Areosa-Rio Tinto, Gondomar e Valbom foram alertados, no dia 27 de agosto, para um incêndio numa habitação na Rua Florbela Espanca, em Rio Tinto. O fumo negro que saía da janela de um andar no rés-do-chão chamou a atenção de um morador do prédio que alertou a polícia e os bombeiros. O apartamento encontrava-se vazio, mas os estragos do incêndio deixaram uma família com um menino de quatro anos desalojada. Ao Vivacidade, José Silva, proprietário da casa confessou ter sido “apanhado de surpresa”.