No dia 30 de setembro, Luís Bento apresentou "Des Existir do Improviso", obra premiada na 27ª edição do Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres.
A Casa de Montezelo foi palco da apresentação pública da obra vencedora do 27.º Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres. A cerimónia contou com a presença do autor e poeta Luís Bento e foi embelezada por um momento musical, protagonizado por alguns músicos da Banda Musical de São Pedro da Cova, dirigida pelo maestro António Ventura e com declamação de Cidália Santos, em torno dos poemas do livro "Des Existir do Improviso".
Ao Vivacidade, Luís Bento mostrou-se entusiasmado com a obra vencedora e explica o título por si escolhido, que "além do mero jogo de palavras é uma busca, um caminho, uma crítica à nossa forma distraída e desprendida, de estar no mundo neoliberal". "Vivemos sem preocupação pelas consequências do abuso, do desperdício, do impacto sobre o clima e a qualidade de vida, fazemos tudo de improviso, em cima do joelho, o título joga com isso, como se pudéssemos deixar de existir desta forma (de improviso), pela rama e viver a sério, daí o tom permanente de crítica, de revolta nos textos, mas também de esperança alicerçada nas tiradas com maior carga poética", acrescenta o autor.
Recorde-se que o Prémio Nacional de Poesia foi instituído pela Junta de Freguesia de Fânzeres em 1990, aquando das comemorações do 1.º aniversário da sua elevação a Vila.