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Marco Martins: “Haveria muito mais a fazer mas penso que para 100 dias o saldo é claramente positivo”

[caption id="attachment_2992" align="alignleft" width="300"]Marco Martins cumpre 100 dias de mandato à frente da CMG / Foto: Ricardo Vieira Caldas Marco Martins cumpre 100 dias de mandato à frente da CMG / Foto: Ricardo Vieira Caldas[/caption]

O dia 1 de fevereiro marcou os 100 dias desde a tomada de posse do atual Executivo da Câmara Municipal de Gondomar. Dificuldades, surpresas e constrangimentos orçamentais foram vários, garante a Câmara mas "a determinação, o rigor e a vontade de cumprir um compromisso eleitoral têm estimulado este Executivo municipal. O desígnio de mudança de imagem, de transparência, de descentralização, de redistribuição de esforço fiscal e de modernização administrativa relegam para segundo plano qualquer obstáculo que entretanto surja”. De acordo com o comunicado que a Câmara fez chegar às redações, "o Executivo está satisfeito com o seu desempenho pois conseguiu já pôr em prática 39 medidas com um espírito positivo e virado para um futuro melhor para todos os Gondomarenses." O Vivacidade falou diretamente com o presidente, Marco Martins, para tentar perceber o que mudou, até agora, dentro e fora das portas da Câmara e o que ainda vai mudar.

Mais de 100 dias de mandato. É difícil governar Gondomar? Não é tarefa fácil, mas é aliciante, desafiante e gratificante. Quando cá chegamos havia – e continua a haver – uma grande expectativa por parte da população. Da parte dos funcionários havia algum receio sobre o que é que podia acontecer-lhes e não trocamos ninguém e a estrutura reveremos a seu tempo. Mas as pessoas perceberam que este executivo era mesmo diferente. Que os vereadores e o presidente vão ao bar com os outros funcionários, vão aos serviços ter com eles, etc. Cada um tem o seu lugar, como é óbvio, mas fazemos parte de uma equipa que trabalha ao mesmo nível.

A nova estrutura irá implicar contratações ou despedimentos? Não, não vai implicar nem contratações nem despedimentos. Vai implicar uma reorganização e uma redução de custos.

Que grandes modificações surgiram já dentro da Câmara? A grande e significativa modificação foi feita logo no início. Tivemos que deslocar alguns serviços que estavam aqui instalados, para ter espaço para os vereadores poderem trabalhar no mesmo edifício e juntar toda a parte de decisão política. E isso já acontece. E como é óbvio isso também provocou alguma confusão no início, enquanto algumas pequenas obras de adaptação não estavam concluídas. Os serviços já têm algumas formas de funcionar diferentes que ainda pretendemos melhorar mais, sobretudo no que tem a ver com a celeridade processual, o aumento da transparência e com o aumento do relacionamento com o munícipe e com as instituições.

[caption id="attachment_2997" align="alignleft" width="300"]Uma das prioridades de Marco Martins foi a centralização dos serviços e pelouros nos Paços do Concelho / Arquivo Vivacidade Uma das prioridades de Marco Martins foi a centralização dos serviços e pelouros nos Paços do Concelho / Arquivo Vivacidade[/caption]

A Câmara estava preparada para esta centralização nos Paços do Concelho? Tivemos que fazer acontecer engenho e arte mas temos bons técnicos, projetistas e engenheiros e arranjamos uma solução razoável e simpática para todos. O que a Câmara precisava era de uma obra de fundo, estruturante. A Câmara só aqui, em S. Cosme, tem instalações dispersas por 12 serviços, sete dos quais arrendados. Aliás, há um plano em prática para, até ao final do ano, cessar todos os contratos de arrendamento porque têm custos muito elevados. Esses serviços – com encargos de funcionamento, eletricidade e água - custam-nos mais de 200 mil euros por ano e temos que poupar.

De uma forma geral, os mais de 100 dias de mandato traduzem-se em que conclusões? Há várias conclusões. Se estivermos a falar ao nível interno, tínhamos muita desorganização. Havia serviços que nunca tinham reunido uns com os outros. Dando um exemplo, no exercício que fizemos das transferências de competências para as Juntas e nas notificações de proprietários de terrenos, os assuntos abrangiam quer a área do ambiente quer a proteção civil e os dois lados nunca se tinham sentado a conversar, para uniformizar regras. E depois há um conjunto de excessos e gorduras burocráticas que tivemos que eliminar, que justificavam o tal atraso processual que era patente e que ainda não está eliminado. Estamos a diagnosticar para podermos atuar.

Até agora, já com o atual executivo, o que poderia ter sido feito e não o foi por alguma razão? Aquilo que mais se falhou nestes 100 dias foi por culpa das condições atmosféricas. Por exemplo, tínhamos um plano de emergência para repor as passadeiras – algo que nós sempre criticamos – e adjudicamos com os nossos serviços mas as condições atmosféricas não têm permitido intervir. O que é que podíamos ter feito mais? Não sei se humanamente era possível fazer mais. Claro que haveria muito mais a fazer mas penso que para 100 dias o saldo é claramente positivo.

Durante estes primeiros meses também tiveram alguns dissabores. As surpresas acabaram por aqui? Não sabemos. Temos uma auditoria em curso, que vai demorar 90 dias, e começou há alguns dias. Posso dizer que há mais algumas bombas mas optamos por, em vez de largar bomba a bomba, dizer tudo depois. Para se ter uma ordem de grandeza, aquilo que descobrimos e que desconhecíamos já ultrapassa os 15 milhões de euros. Estamos a falar de coisas a que a Câmara está em vias de ser condenada a ter que pagar.

Isso vai pôr em causa alguns dos projetos que tinha? Sim, como é óbvio.

Vão criar uma nova logomarca. Querem limpar a imagem deixada pelos mandatos de Valentim Loureiro? Não, ninguém está aqui a querer limpar a imagem. A nossa campanha foi feita com um projeto de um futuro para Gondomar, um Gondomar mais. É nesse sentido. Não queremos retaliar, esquecer ou esconder o passado.

Como é que tem sido o contacto com os restantes executivos da Área Metropolitana do Porto? Tem sido muito positivo. Temos tido um ótimo relacionamento com Valongo, com Paredes, com o Porto, nomeadamente com a questão do Meiral. E tem sido tudo muito correto, cordial e proveitoso. Repare, estamos a falar no facto de todos os concelhos que confinam com Gondomar - com a exceção da Maia e Paredes - terem novos protagonistas.

Já notou alguma perceção diferente da imagem de Gondomar por parte dos outros concelhos? Acho que sim. Percebem que Gondomar tem outra postura, outra filosofia, tem o presidente de Câmara mais novo da Área Metropolitana. E isso não quer dizer que seja o mais parado. Já toda a gente percebeu que Gondomar tem outra forma de querer ultrapassar as situações e de querer fazer política e trabalhar para as pessoas.

Que projetos que já tem planeados, pode destacar para os próximos 100 dias? Tantos! A abertura da Casa Branca, em Gramido, com vários eventos culturais e o posto de turismo do concelho. Também a operacionalização e a entrada de funcionamento da nova frota que adquirimos. O lançamento do Portal para o Orçamento Participativo e a nova orgânica da Câmara Municipal. A aprovação da logomarca e o processo de consulta pública da revisão do Plano Diretor Municipal. Muita coisa... Tenho um ficheiro no meu computador com os nossos compromissos eleitorais e um quadro com o ponto de situação das promessas. Tenho três colunas: uma amarela, uma vermelha e uma verde. O vermelho é quando ainda não peguei neles, o verde é quando estão concluídos e o amarelo é dos que já estão em execução. Há muitos em amarelo e há cada vez menos em vermelho. Mas para já, do que foi feito, destaco aqui a importância que teve, por exemplo, a deslocação das reuniões públicas. Em Covelo houve um impacto enorme. E outra coisa muito importante foi a transferência de competências para as Juntas. Foi uma coisa que eu sempre quis e nunca tive. O facto de, por exemplo, dentro do seu raio de ação, os presidentes serem informados de tudo o que se passa.

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