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Os Stukas: “Tem sido um gozo fenomenal regressar aos ensaios após estes anos todos”

[caption id="attachment_4288" align="alignleft" width="300"]Na foto: Rui Fonseca, Alfredo Pereira, Manuel Vieira e Pedro Aguiar Na foto: Rui Fonseca, Alfredo Pereira, Manuel Vieira e Pedro Aguiar[/caption] A banda Os Stukas está de regresso aos palcos, 45 anos depois de ter terminado. O grupo musical formado por Rui Fonseca, 63 anos, guitarrista, Pedro Aguiar, 64, baixista, Alfredo Pereira, 66, solista, e Manuel Vieira, 64, saxofonista,  formado em 1967, promete regressar a casa com uma demonstração do “prazer de viver” que une os músicos da banda e fazer disso um exemplo para o público da 15ª edição do festival Gasómetro. Rui Fonseca foi o porta-voz do grupo na entrevista concedida ao Vivacidade.   Composição atual: Rui Fonseca, 63, guitarra; Pedro Aguiar, 64, viola baixo; Alfredo Pereira, 66, solo; Manuel Vieira, 64, saxofone; Domingos Cardoso, baterista; - novo Vasco; - novo Como surgiu a banda Os Stukas? A banda surgiu em 1967, formada por um conjunto de amigos com idades entre os 15 e os 17 anos. Estávamos no auge das músicas “yeah yeah” com alguma influência dos Beattles e dos The Shadows. A banda, composta por mim, pelo Alfredo Pereira, António Gandra, Manuel Vieira, Pedro Aguiar, o Chico e o Melo, juntou-se numa adega a ensaiar e depois começamos a participar em bailes e festas que foram os nossos primeiros ‘contratos’ que surgiram no verão de 1968. Na altura chegamos a ganhar quase 300 escudos por concerto. Porque decidiram designar-se como “Stukas”, o famoso bombardeiro da força aérea alemã? O nome deriva da nossa garotice e de um espírito de luta que tínhamos. Os Stukas arrasavam tudo e por isso nós achávamos que também tínhamos que arrasar tudo. [risos] O que vos motivava a tocar juntos? Começamos a tocar por prazer e fomos o primeiro conjunto de ritmos modernos – era assim que nos chamavam – e tínhamos sempre dois reportórios: um para espetáculos ao vivo e outro para dançar. As pessoas escolhiam o que queriam ouvir, sobretudo as raparigas engraçadinhas das festas. [risos] Chegaram a gravar algum álbum? Não e é uma das coisas que temos mais angústia. Nem sequer temos fotografias nossas em palco. A única que existe é de um cartaz que foi feito para enviar para a revista ‘Plateia’ – designada como “revista semanal de espetáculos”, fundada em 1951 - mas nem chegamos a enviar. Havia um rapaz que nos seguia em todos os concertos e gravava as nossas músicas, já o contactamos mas ele diz que perdeu as gravações. Como é que a banda acabou? Em 1970, com a chamada para o serviço militar obrigatório que pôs fim à banda. Quando é que decidiram reunir-se e voltar aos palcos? Ao fim de quase 45 anos depois do fim da banda comecei a questionar os elementos do grupo para nos reunirmos. Por indicação dos organizadores do Gasómetro acabamos por aceitar o desafio e vamos finalmente regressar aos palcos. Quais as dificuldades que têm tido nos ensaios? Só estamos a ter algumas dificuldades em repescar as letras das músicas mas com o tempo elas voltam à memória. [risos] A banda está preparada para abrir o Gasómetro 2015? Tem sido um gozo fenomenal regressar aos ensaios após estes anos todos. Temos ensaiado em Paredes, todas as segundas-feiras, e por vezes só acabamos de madrugada. Queremos divertir-nos e divertir quem nos vai ouvir. Vai ser um momento de grande responsabilidade? Obviamente que é uma responsabilidade. Estamos a encarar este regresso com prazer mas sabemos que temos que ir preparados para o concerto. Estamos contentes porque temos recebido muito apoio e palavras encorajadoras, sobretudo do público da nossa idade. Este concerto vai dar origem a mais trabalhos da banda? Estamos a pensar numa pequena surpresa e há a possibilidade de lançarmos um álbum, financiado pela União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova. Não sabemos se a banda vai ter continuidade porque encaramos isto como amadores mas mesmo que não tocássemos no Gasómetro, o que seria uma desilusão para nós, já valeu a pena reunir a banda. O que podemos esperar do concerto dos “Stukas”? Para além de recordar um tempo que já passou esperamos que percebam que apesar de já termos passado o nosso auge produtivo ainda temos um grande prazer de viver. Queremos ser um exemplo disso mesmo. É importante surgirem novas bandas em Gondomar? Claro que sim. Em São Pedro da Cova temos algumas e esta é uma terra de grandes músicos como, por exemplo, os irmãos Aguiar.  

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